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RESTAURO DE DOCUMENTOS

A restauração de documentos é um processo extremamente delicado, minucioso, e com alto índice de dano à peça. O papel, suporte que teve origem na China antiga, e a mais popular forma de armazenar informações, pode ser produzido a base de celulose, algodão, lignina e água, e sua estrutura é fortemente abalada pela umidade, pelas bruscas variações de temperatura e pela exposição direta à luz.

 

Restaurar um documento, ou arte em papel como aquarelas e gravuras, exige do profissional de restauro um aprofundado conhecimento a respeito da estrutura e estado de conservação do documento, e dos pigmentos empregados em sua composição. Dentre os procedimentos com maior potencial de risco no restauro de papéis antigos estão o alvejamento, que só deve ser realizado quando muito bem justificado, e a remoção de manchas provocadas por fitas adesivas.

 

O valor do PH (Potencial Hidrogeniônico) do papel influencia o seu aspecto e maleabilidade, podendo tornar o papel amarelecido e quebradiço. Muitas das práticas realizadas em restauração de documentos antigos têm como base procedimentos aquosos, que só podem ser executados após uma criteriosa avaliação dos materiais constitutivos e das patologias existentes no papel.

 

Atualmente existe no mercado uma variada quantidade de materiais que auxiliam o restaurador de documentos na realização de seu trabalho, esses produtos são específicos da área de conservação e restauro, e auxiliam a conservação do papel, tanto em espaços expositivos quanto em reservas técnicas.

Cabe salientar que restaurar um documento não é repintar ou branquear sua aparência, mas tornar possível sua correta leitura, além de fortalecer sua estrutura através dos tempos.

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