O RESTAURO DE PINTURAS PARIETAIS
As pinturas murais, também chamadas de parietais vem sendo produzidas por diversas culturas e civilizações desde a Antiguidade. A restauração de murais está atrelada ao restauro arquitetônico como complemento decorativo.
Um método muito conhecido é o afresco, que consiste na aplicação da pintura sobre argamassa de cal úmida, possui seus pigmentos diluídos em água de cal, que se fundem à argamassa quando seca. Outros métodos de pintura também aplicados em suportes imóveis são o sgrafitto e stencil.
As patologias existentes nesse tipo de pintura, como o esfacelamento ou a pulverulência, podem estar relacionadas com a umidade ascendente das paredes, ou mesmo com a contaminação salina de camadas subjacentes, nesse caso, faz-se necessária a realização de pré-consolidação antes mesmo da higienização.
O restauro de pinturas em murais pode ser realizado com base no princípio da destacabilidade, que permite a identificação das áreas reconstituídas a uma pequena distância, porém, quando observadas com maior distanciamento, os acréscimos não devem ser perceptíveis. Outro fator de extrema importância está na reparação das infiltrações ou rachaduras na estrutura que abriga as pinturas parietais antes mesmo da intervenção de restauro sobre a arte.
Há casos em que essas pinturas se encontram escondidas sob diversas camadas de tintas como PVA e acrílica, nesse caso, para que se possa retornar ao estado original, é importante realizar a remoção dessas camadas com o devido cuidado para que se mantenha a integridade da pintura artística. Nas situações em que as pinturas parietais foram seriamente danificadas, a ponto de perderam mais da metade de sua unidade potencial, o restaurador deverá realizar uma análise criteriosa, além de escolhas bem justificadas para não acabar realizando procedimentos que resultariam em uma nova realidade.